O prefeito de Palmas (TO), Eduardo Siqueira Campos (Podemos), foi alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (30), no âmbito da investigação que apura um esquema de venda de sentenças nos tribunais brasileiros.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do prefeito e no seu gabinete. As medidas foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, relator das apurações no Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF chegou a requerer a prisão de Campos e o seu afastamento das funções públicas, mas Zanin negou os pedidos. As medidas cautelares incluem a retenção do passaporte (proibição de deixar o país) e a proibição de conversar com outros investigados no caso.
Esta foi a nona fase da Operação Sisamnes e a terceira apenas nesta semana. Os crimes investigados são obstrução de Justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e corrupção ativa.
Segundo as investigações, o prefeito teria vazado informações sigilosas sobre inquéritos em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), prejudicando a eficácia de diligências contra políticos e juízes do Tocantins. Zanin não autorizou buscas nas dependências do STJ.
Além de Campos, foi alvo da operação o advogado Michelangelo Cervi Corsetti, que fica em Brasília e trabalha para o prefeito. Ambos não poderão mais manter contato daqui em diante.
Um outro mandado foi cumprido em uma unidade prisional de Palmas, onde está preso desde março o advogado Thiago Marcos Barbosa, mais um alvo da PF nesta sexta-feira. Ele é suspeito de receber privilégios ilegais dentro da cadeia.
Barbosa é sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), e também é suspeito de vazar informações sobre operações judiciais – inclusive para o tio, que não é investigado.
O prefeito usou as redes sociais para rebater as suspeitas. Embora tenha dito que não é investigado oficialmente na operação, ele confirmou que os policiais estiveram na sua casa pela manhã e levaram os celulares dele e da esposa.
“Nenhum problema com a prefeitura, nenhum problema comigo, não sou objeto de nenhuma investigação. Vazamento? Não houve. Não tenho informações privilegiadas”, escreveu Campos. A CNN tenta contato com a defesa dos demais citados.
Por CNN Brasil
Fonte: ClickPB