Todos estão pessimistas em relação a 2025 no Brasil, e isso é o que me anima. Não faltam motivos para uma visão negativa do futuro. A euforia ou o pessimismo precisam ser fundamentados em uma narrativa crível, que muitas vezes se revela errada posteriormente.

Com a taxa Selic acima de 15% e a inflação em 6%, é provável que tenhamos uma recessão técnica no segundo semestre. A situação econômica será difícil, e a população sentirá a desaceleração.

No entanto, os mercados têm o poder de surpreender os consensos. Se todos esperam uma piora, os preços refletirão isso antecipadamente. No momento, há um forte desinteresse pelos ativos brasileiros.

Apesar do clima pessimista, os ativos locais estão com valuations historicamente atrativos. Para investidores de longo prazo, a possibilidade de uma piora adicional não deve ser um impeditivo, considerando a perspectiva histórica.

Minha recomendação para 2025 é manter uma posição sólida em caixa, exposição ao dólar, hedge em ouro e investimento em criptomoedas. Além disso, é importante considerar ativos de risco brasileiros com cautela.

O segundo fator que me anima para o ano é que 2025 antecede 2026, um ano de possível mudança no ciclo eleitoral. É importante estar preparado para essa possível transição.

Independentemente do cenário, é essencial manter-se atento às oportunidades de mercado e ajustar a estratégia conforme a evolução da situação econômica e política do país.