O caso teve início no carnaval deste ano.
De acordo com a denúncia, Marco Carlo Marianeschi, de 48 anos, chegou em João Pessoa no dia 27 de fevereiro.
O objetivo seria conhecer pessoalmente uma paraibana, com a qual ele vinha conversando pelas redes sociais. Ela foi buscá-lo no aeroporto Castro Pinto, mas o relacionamento não avançou e ele ficou hospedado em uma pousada da Capital.
Dias depois, em 1º de março, ele foi abordado pela Polícia Militar perto da cidade de Bayeux em um carro e em atitude suspeita. O alemão disse estar perdido e foi escoltado pelos policiais até o aeroporto, onde iria embarcar.
No Castro Pinto o comportamento ‘pouco adequado’ do professor de artes marciais alemão começou a aflorar.
“Marco Carlo parou o automóvel na área destinada a veículos por aplicativo, em via pública iluminada. Naquela oportunidade, despiu-se completamente para trocar de roupa, conforme registros do circuito do aeroporto”, narra a denúncia do MPF.
Depois disso, ele comprou cervejas em um estabelecimento comercial do aeroporto e ao ter dificuldade de ser compreendido teria destratado uma funcionária.
No relato, a funcionária diz que o alemão passou “o dedo sobre a pele de seu braço (do denunciado), em gestual ofensivo a indicar que a funcionária não era capaz de atendê-lo adequadamente por causa da cor de sua pele.”
Em seguida Marco Carlo pagou as cervejas e desceu para a área de desembarque, “apresentando comportamento alterado, falando alto, gesticulando efusivamente, aparentando irritação.”
Um agente da Polícia Federal foi acionado e abordou o suspeito.
Conforme o MPF, o agente foi hostilizado pelo alemão e pediu reforços. Antes da chegada de outros policiais, Marco Carlo voltou ao estabelecimento e pegou mais cervejas (saindo sem pagar), sendo abordado por policiais militares mais adiante.
O alemão foi detido e conduzido à sede da Polícia Federal.
Na segunda-feira de Carnaval (3 de março), em regime de plantão, ele passou por audiência de custódia na 1ª Vara Federal. Perto do fim da audiência, mais um episódio de deboche.
O alemão “estirou ambos dedos médios em direção ao procurador e ao juiz (concurso formal), em atitude de desrespeito às autoridades e desmerecimento das funções exercidas”, diz a denúncia.
O flagrante foi convertido em prisão preventiva e Marco Carlo Marianeschi levado para o presídio do Roger, onde continua recolhido.
Na última sexta-feira ele foi denunciado pelo MPF por ato obsceno, injúria racial, roubo simples e desacato.
Fonte: Jornal da Paraíba