Entidades da Paraíba manifestaram apoio à proibição de cursos de Medicina, Direito, Odontologia, Psicologia e Enfermagem no modelo de educação a distância (EaD). O Ministério da Educação estabeleceu, nesta segunda-feira (19), novas regras para os cursos EaD no ensino superior no Brasil.
Com a medida, os cursos de Medicina, Direito, Odontologia, Psicologia e Enfermagem deverão ser ofertados, exclusivamente, de forma presencial. As instituições terão dois anos para se adaptar às novas regras.
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Coren-PB
O Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) se manifestou dizendo que essa proibição era “uma reivindicação história do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem”.
“Hoje, não estamos dando fim a um modelo de ensino, mas sim a um modelo de negócio que sacrificou a qualidade da educação em nome exclusivamente do lucro, colocando em risco a integridade e a vida das pessoas. É uma conquista emblemática para a categoria em plena Semana da Enfermagem!”, declarou o Coren-PB, nas redes sociais, como verificou o ClickPB.
CRO-PB
Já o Conselho Regional de Odontologia da Paraíba (CRO-PB) lembrou, há três dias, do posicionamento do Conselho Federal de Odontologia (CFO) contrário ao EaD para cursos de formação de profissionais da área.
“O CFO ressalta que o exercício da Odontologia exige alta carga de vivência clínica e prática presencial, de forma a garantir o aperfeiçoamento técnico dos graduandos e a construção de um olhar humanizado para os pacientes, que por sua vez possuem direito a atendimento individualizado e de excelência. O combate ao EaD na Odontologia é uma medida que resguarda a qualidade da formação dos cirurgiões-dentistas no Brasil e, principalmente, de proteção da saúde bucal da população”, declarou o CRO-PB.
O Conselho Regional de Odontologia destacou, também, que “o próprio Ministério da Educação (MEC) suspendeu, por meio da portaria 1.838/2023, a abertura de novos cursos de EaD na Odontologia e, recentemente, informou que os mesmos não serão permitidos no formato 100% à distância.”
“O CFO aguarda a publicação da normatização do tema pelo Governo Federal e confia que a qualidade da formação dos cirurgiões-dentistas brasileiros será assegurada por ela”, disse o órgão dias antes da decisão publicada hoje pelo MEC.
OAB-PB
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), Harrison Targino, já havia manifestado, em outubro de 2023, a posição da OAB-PB contra a liberação das graduações de Direito à distância. Harrison ressaltou, na época, que o Conselho Federal da OAB já preparava uma documentação para reiterar ao Ministério da Educação (MEC) sua posição contrária ao ensino EAD na área jurídica.
“A OAB Paraíba repudia veementemente essa tentativa de desmoralização do ensino jurídico e sua qualidade. Já não basta afinal os cursos em profusão?”, questionou o presidente Harrison Targino.
O presidente lembrou que a OAB já enfrentou a autorização de cursos jurídicos presenciais em excesso, muitos dos quais com mínima qualidade para a sua existência.
CFP
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) também se posicionou contra a educação a distância para formação de profissionais psicólogos.
Em julho de 2024, o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Pedro Paulo Bicalho, avaliou como positiva a suspensão definida pelo MEC, de criação de novos cursos EaD, inclusive de Psicologia, e destaca a contribuição da Autarquia para a decisão do Ministério.
“A presencialidade na graduação em Psicologia é condição essencial de qualidade na formação e no cuidado ofertado à população”, destacou o presidente do CFP, no ano passado.
CFM
Já o Conselho Federal de Medicina (CFM), em novembro de 2017, citou que “a exemplo da medicina, que tem em seu esteio o aprendizado milenar na beira no leito, ao lado do paciente, as profissões da saúde não devem adotar o EaD exclusivo para a graduação, pois todas são profissões que têm como essencial o treinamento prático com pacientes como forma de substanciar a formação daqueles cujo alvo primeiro é o cuidado com a pessoa humana.”
Fonte: ClickPB
