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Em sessão, vereadora de SP diz que mulher “branca, bonita e rica” incomoda


Durante uma sessão na Câmara Municipal de São Paulo nesta terça-feira (29), a vereadora Cris Monteiro (Novo) declarou que uma mulher “branca, bonita e rica” incomoda, se dirigindo aos manifestantes presentes em uma audiência pública na Casa.

A sessão analisava o reajuste anual dos servidores municipais pela Comissão de Finanças e Orçamento. Cidadãos pertencentes a sindicatos e associações compareceram ao Plenário 1º de Maio para protestar o parcelamento do reajuste e os valores abaixo da inflação.

“Eu escutei todos vocês calados. Enquanto vocês falaram, ninguém se manifestou. Agora, quando vem uma mulher branca aqui, falar a verdade pra vocês, vocês ficam todos nervosos. Porque uma mulher branca, bonita e rica, incomoda muito vocês. Mas eu tô aqui representando uma parte importante da população”

Cris Monteiro (Novo), vereadora paulistana

Após a declaração, a sessão foi temporariamente suspensa.

Ainda na tribuna, Monteiro teria comentado que servidores públicos têm acesso a alguns privilégios que a vasta maioria da iniciativa privada não tem.

“Não são todos os funcionários públicos que tem essa percepção de ficar fazendo greve para aumentar salário. Não é assim que funciona, eu quero valorizar aquele funcionário público que é dedicado”, continuou a parlamentar. “E não aquele que estão fazendo algazarra na frente da Câmara Municipal depois de terem uma quantidade imensa de aumento de salário.”

Após isso, a vereadora interrompeu o discurso para pedir que os manifestantes parassem de falar.

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O que diz a vereadora

Procurada pela CNN, a assessoria da vereadora encaminhou nota em que a parlamentar “lamenta a repercussão de sua fala e reforça que em nenhum momento teve a intenção de ofender qualquer pessoa”.

“Ao longo dos últimos cinco anos de mandato, Cris Monteiro sempre pautou sua atuação pelo respeito aos colegas parlamentares e à população de São Paulo. Sua trajetória é marcada pelo diálogo, pela escuta ativa e pelo compromisso com soluções concretas para os desafios da cidade”, diz trecho do comunicado.

“Autora de leis importantes como as de Naming Rights e Não se Cale, entre outras iniciativas de impacto, a vereadora segue dedicada ao trabalho legislativo com seriedade, responsabilidade e o objetivo de fazer de São Paulo uma cidade melhor para todos”, conclui a nota.

Ajuste servidores

O projeto de reajuste anual dos servidores foi proposto pela Prefeitura de São Paulo e aprovado no plenário da Câmara.

Em tese, ele divide a atualização salarial e dos benefícios em duas parcelas, sendo a primeira, de 2,60%, com início em 1° de maio deste ano, e a segunda, de 2,55%, a partir de 1° de maio de 2026.

Estavam presentes representantes dos sindicados dos professores e Funcionários Municipais, Médicos e Profissionais em Educação no Ensino Municipal.

As críticas das classes eram em relação à falta de reajuste acima da inflação, considerando a magnitude do orçamento da capital para este ano. Em dezembro do ano passado, foram aprovados cerca de R$ 125 bilhões para o ano de 2025, maior valor da história para a cidade de São Paulo.

A Câmara

Câmara Municipal de São Paulo é o órgão legislativo do município de São Paulo, no Brasil. Desde a 11ª Legislatura (1993-1997), é composto por 55 vereadores, número máximo estabelecido pela Constituição de 1988.

Considerada a maior casa legislativa municipal do Brasil, foi criada em 1560 e é também uma das mais antigas. Sua sede atual, conhecida como Palácio Anchieta, fica no centro da cidade, no Viaduto Jacareí nº 100, e foi inaugurada em 7 de setembro de 1969.

A criação da Câmara, importante marco da história da cidade de São Paulo, se deu por ato régio quando da criação da Vila de São Paulo de Piratininga, por ordem do governador-geral Mem de Sá, em 1560. As reuniões do Concelho, na época ocasionais, se davam na residência de um dos vereadores, uma vez que o paço municipal só viria a ser construído em 1575.

 Assim como em todo o Império Português, o funcionamento da Câmara era objeto de correições periódicas em que juízes togados examinavam a documentação e aferiam o cumprimento das Ordenações Manuelinas (depois de 1618, as Ordenações Filipinas).

CNN



Fonte: ClickPB

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