Em meio ao crescimento alarmante da cristofobia e da intolerância religiosa, tanto no Brasil quanto no mundo, a Semana Santa 2025 oferece não apenas um momento de reflexão sobre os desafios enfrentados pelos cristãos, mas também motivos concretos para celebrar a esperança, a solidariedade e a resiliência da fé. E, também, fazer um debate sobre o aumento da cristofobia no mundo.
Mais de 380 milhões de cristãos sofrem elevados níveis de perseguição e discriminação segundo o World Watch List da Open Doors . Na Europa, o Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra Cristãos registrou 2 .444 crimes de ódio anticristão em 35 países em 2024.
A África é a região mais letal para os cristãos, com a Nigéria sendo o país mais perigoso. Entre novembro de 2022 e novembro de 2024, quase 10.000 cristãos foram mortos, principalmente por grupos extremistas islâmicos como Boko Haram.
Mas o Brasil não fica de fora destes números de intolerância. O que dizer dos últimos desfiles da escolas de samba? Com imagens exaltando o demoníaco ? Com artistas como Anitta “parindo o diabo”? Com humoristas denegrindo a imagem do maior líder religioso: Jesus?
Brasil: “O diabo que arrasta Jesus
Era carnaval de 2019 em São Paulo e a escola de samba Gaviões da Fiel mostrava um carro alegórico com o diabo arrastando um personagem caracterizado como Jesus. Qual a intenção de mostrar esse subjulgamento?
Em seu especial de Natal de 2021 o grupo humorístico Porta dos Fundos fez uma produção a qual Jesus curte um prostíbulo. Uma verdadeira blasfêmia ao período que celebra o nascimento de Jesus. Mas não foi só isso, antes em 2019, fizeram uma sátira com Jesus sendo gay.
O preço da liberdade é a eterna vigilância
Para a direita conservadora, combater a cristofobia é defender não só a liberdade religiosa garantida pela Constituição mas também fortalecer e garantir o respeito e os pilares da fé cristã .
A Semana Santa de 2025 deve servir não apenas como celebração litúrgica, mas como momento de unidade entre fé e política, onde a cruz se torna estandarte de solidariedade, respeito e compromisso com a convivência democrática e sem cristofobia.