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Pacientes de comunidade terapêutica são resgatados após denúncia de agressões na Paraíba



				
					Pacientes de comunidade terapêutica são resgatados após denúncia de agressões na Paraíba

Mais de 40 pacientes foram resgatados na tarde desta sexta-feira (6) de uma comunidade terapêutica localizada no município do Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa. De acordo com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), a ação foi motivada por uma denúncia anônima que relatava agressões físicas, uso de medicamentos para dopar os internos e restrição de contato com familiares.

Ao chegar ao local, a equipe responsável pela operação ouviu relatos de maus-tratos e agressões. Um dos pacientes, inclusive, mostrou lesões na boca. O promotor Demetrius Castor afirmou que a maioria dos internos declarou não querer permanecer na unidade e, por se tratar de uma comunidade terapêutica, a permanência no local deveria ser voluntária.

Ele destacou que os pacientes eram de diversas cidades da Paraíba, como Cajazeiras, Sousa, Patos e Cuité, e até de outros estados, como Pernambuco. Um ônibus foi disponibilizado pela prefeitura para viabilizar o resgate.


				
					Pacientes de comunidade terapêutica são resgatados após denúncia de agressões na Paraíba

O Ministério Público acrescentou que a comunidade operava com o alvará de funcionamento vencido. Segundo o promotor, a mesma irregularidade foi constatada no ano passado, por isso, a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) aplicou uma multa de R$ 100 mil.

Durante a ação, os internos relataram ainda que os contatos que tinham com familiares eram monitorados por funcionários da instituição. Demetrius também informou que as receitas médicas eram emitidas por um profissional recém-formado, sem especialização em psiquiatria, e que a aplicação de medicamentos injetáveis ficava a cargo de um auxiliar de enfermagem.

A operação contou com apoio da Secretaria Estadual de Vigilância Sanitária, da Coordenadoria de Saúde do Estado, do Conselho Regional de Psicologia, da Secretaria de Ação Social do município do Conde e da Vigilância Sanitária Municipal. A Polícia Militar e a Polícia Civil também participaram da ação.

Um inquérito civil público já está em tramitação no Ministério Público. Os órgãos envolvidos deverão apresentar relatórios com os resultados da vistoria, e a comunidade terapêutica foi interditada.



Fonte: Jornal da Paraíba

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