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Número de divórcios aumenta em 16,5% na Paraíba e é o maior da média histórica do estado e registros de casamentos têm queda


O número de divórcios aumentou em 16,5% na Paraíba, em 2023, em comparação com o ano de 2022, e é o maior da média histórica do estado. Ainda segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (16), o número de registros de casamentos teve queda na Paraíba.

Casamentos

O total de casamentos civis registrados em 2023, na Paraíba, caiu 4,8% frente ao número observado em 2022, passando de 16.700 para 15.906 registros. O recuo no indicador paraibano, que foi o 8º maior do país, foi mais intenso do que o observado tanto na média do Brasil (-3%) como na do Nordeste (-1,7%). Além disso, a pesquisa mostra que, no estado, a queda no número de casamentos foi mais amena entre cônjuges de sexos diferentes (-4,6%), sendo bem mais intensa entre cônjuges de mesmo sexo (-19,7%), chegando a -23,4% entre cônjuges femininos e -12,9% entre cônjuges masculinos.

A ampla maioria dos casamentos registrados em 2023 (99%) ocorreu entre cônjuges de sexos diferentes, totalizando 15.747 uniões. Foram ainda realizados 159 casamentos entre cônjuges do mesmo sexo, 61 dos quais entre cônjuges masculinos (0,4%) e 98 entre cônjuges femininos (0,6%).

A taxa de nupcialidade legal, que corresponde ao número de casamentos em relação à população de 15 anos ou mais de idade, em 2023, na Paraíba, ficou em 4,9‰, inferior à taxa nacional (5,6‰), mas superior à regional (4,8‰). A taxa estadual foi a 10ª menor do país, embora tenha sido a 3ª maior entre os estados do Nordeste, inferior apenas às registradas em Alagoas (5,7‰) e Pernambuco (5,3‰).

A idade média ao casar dos cônjuges de sexos diferentes, que tem aumentado ao longo dos últimos anos, manteve-se praticamente estável entre 2022 e 2023, passando de 31,1 para 31 anos para os homens; e de 28,7 para 28,6 anos para as mulheres. No Brasil, em 2023, essa média era de 31,5 anos para os homens e de 29,2 anos para as mulheres; enquanto no Nordeste, ao casar, os homens tinham, em média, 32,2 anos e as mulheres, 29,7 anos.

Já os casais formados por cônjuges do mesmo sexo, cujas médias de idade têm se revelado mais elevadas, apresentaram, no mesmo período, no estado, elevação na idade média relativa aos casais masculinos, de 33,2 para 35,4 anos; e leve redução no indicador dos casais femininos, de 34,8 para 34,3 anos. No Brasil, em 2023, essa média era de 34,7 anos para os homens e de 32,7 anos para as mulheres; enquanto no Nordeste, a média masculina era de 34,5 anos e a feminina, de 33,4 anos.

De acordo com o levantamento, em 2023, dezembro foi o mês em que mais casamentos foram registrados (2.147), seguido por novembro (1.733), junho (1.451) e janeiro (1.397). Por sua vez, os meses com os menores números foram fevereiro (932), abril (1.000), julho (1.082) e maio (1.130).

Número de divórcios aumenta 16,5% e alcança maior valor desde 2014

O total de divórcios judiciais, concedidos em 1ª instância, na Paraíba, em 2023, aumentou 16,5% frente ao constatado em 2022, passando de 5.189 para 6.046, sendo este o maior número registrado na série histórica, iniciada em 2014. A alta observada no estado foi superior à verificada na média brasileira (6%) e na nordestina (12,9%), além de ter sido a 8ª mais acentuada do país e a 4ª maior da região.

Por sua vez, no estado, a taxa geral de divórcios, ou seja, o número de divórcios para cada 1.000 pessoas de 20 anos ou mais de idade, foi de 2,2‰, a nona menor do país, além de ter sido inferior às médias nacional (2,8‰) e regional (2,3‰).

Em 2023, o tempo médio de duração do casamento de cônjuges de sexo oposto era de 14,4 anos, na Paraíba, enquanto no Brasil e no Nordeste, a média era de 13,8 anos e de 15 anos, respectivamente. As estatísticas mostram ainda que, na Paraíba, em 2023, grande parte dos divórcios judiciais, cerca de 48,1%, foi concedida a casais que tinham até 10 anos de casamento. Logo em seguida, estavam os casais que tinham 26 anos ou mais (17,9%), seguido por aqueles com 10 a 14 anos (17,1%); de 15 a 19 anos (12,1%); e de 20 a 25 anos (8,9%) de duração.

Já a idade média de cônjuges de sexo oposto ao divorciar era de 43,9 anos para os homens e de 41 anos para as mulheres, na Paraíba; e, respectivamente, de 44,3 anos e 41,4 anos, no Brasil; e de 44,7 anos e 41,6 anos, no Nordeste. A faixa etária mais comum na qual as mulheres se divorciaram em 2023 foi a de 35 a 39 anos, com 17% das mulheres divorciadas; enquanto os homens se divorciaram mais comumente entre 40 e 44 anos, com 16,3% dos homens divorciados.

Entre os divórcios concedidos em 1ª instância, no estado, 36% (2.178 divórcios) envolviam casais sem filhos. Em outros 29,5% (1.782), os casais tinham um único filho, em 23,4% (1.412) eles tinham dois filhos e, em 7,9% (476), três filhos.

Entre os 2.886 casais divorciados com filhos menores de idade, a responsabilidade pela guarda dos filhos ficou com o homem em 13% dos casos; com a mulher, em 53,4%; e com ambos, em 30,6% dos casos. A guarda compartilhada, que entre 2021 e 2022 havia crescido 11,1 pontos percentuais (p.p.), passando de 21,5% para 32,6%, teve um recuo de 2 p.p., em 2023. Em contrapartida, houve crescimento dos casos de guarda sob a responsabilidade tanto do homem (1,1 p.p.) como da mulher (0,6 p.p.).

 

 

Com dados do IBGE

 



Fonte: ClickPB

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